quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Crateras de impacto de meteoritos no Brasil

As crateras de impacto são estruturas formadas quando um planeta ou satélite é atingido por meteoritos gigantescos. Os projetos espaciais mostraram que não só a Lua , mas todos os corpos do nosso Sistema  Solar  foram bombardeados intensamente por meteoroides durante sua história mostrando como cicatrizes a superfície recoberta por crateras de diversas dimensões nos planetas onde as atividades geológicas sessaram a milhões de anos atraa como: a Lua, Mercúrio, Marte e as luas dos planetas gigantes.. na Terra entretanto, que deve Ter sido tão bombardeada ou mais que a Lua, as crateras são continuamente apagadas pela erosão e redeposição bem como por vulcanismo e atividades tectônicas.
                A primeira cratera a ser reconhecida como metreorítica na Terra foi a famosa cratera meteorítica do Arizona também conhecida como cratera de Barringer , descoberta na década de 20. Atualmente temos cerca de 120 crateras meteoríticas reconhecidas em toda a superfície Terrestre (Fig. 1)), a maioria delas se encontram em terrenos geologibcamente estáveis como os cratons da América do Norte, Europa e Austrália, onde obviamente ouve um esforço de exploração e reconhecimento.
                A cratera do Arizona foi descoberta por trabalhadores que descobriram fragmentos de meteoritos associados a cratera em si. Muitas outras craters pequenas foram descobertas posteriormente todas com fragmentos meteoríticos, por muitos anos se pensou que as crateras meteoríticas estavam diretamente associadas a descoberta de fragementos meteoríticos que comprovassem a sua orígem. Entretanto hoje sabemos que na formação de crateras maiores nenhum fragmento sobrevive intacto.
Cratera do Meteoro, no Arizona (EUA)

                Nesses eventos massivos causados por enormes meteoritos, a pressao e temperaturas geradas pelas ondas de choques são tremendamente altas  vaporizando completamente o meteorito e o solo formando uma mistura com a rocha alvo e após muitos milhares de anos qualquer componente meteorítico detectável já se erodiu. Em alguns casos, uma abundância relativa de elementos siderofílicos pode ser detectada nas rochas fundidas pelo impacto dentro da crateras gigantes como uma assinatura química de orígem meteorítica.
               
O Brasil apresenta várias estruturas em anel com feições de crateras meteoríticas  sendo que algumas delas já foram bem estudadas e são reconhecidas como astroblemas, outras estruturas morfológicas apresentam algumas características semelhantes a crateras de impacto, mas que necessitam maiores estudos conclusivos.
   

Domo de Araguainha – 16º46`S 52º59`W, diâmetro: 40 Km, idade: 246 My . Morfologia: aspecto multi-circular e concêntrico. Estruturas específicas: anel de rochas elevadas com 10 km de diâmetro, feições planares, grabens semi-circulares e cones de estilhaçamento, brechas polimíticas, feições planares dentre outras. É a cratera brasileira  mais bem estudada.

Araguainha Dome no Mato Grosso   

Serra da Cangalha – 8º05`S 46º52`W, diâmetro: 12 km , idade: 300 milhões de anos. Morfologia: anel circular de vales. Estruturas específicas: estrutura mais aparente é um anel de vales com 5 km  de diâmetro. Existência de um núcleo soerguido com cerca de 3 km  de diâmetro, formado por uma serra circular com 250-300 metros de altura, existência de cones de estilhaçamento.

Serra da Cangalha no Tocantins

 
Vargeão - 26º50`S 52º10`W, diâmetro: 11 km, Idade: desconhecida. Morfologia: depressão de forma circular com elevação central. Estruturas específicas: anel de depressão em torno da elevação central, ocorrência de rochas de metamorfismo de choque, anomalias negativas de campo magnético de área, fraturas anelares e radiais .
Vargeão em Santa Catarina

Riachão: 7º46`S 46º39`W, diâmetro: 4 km, idade:  desconhecida. Morfologia: área circular esbranquiçada. Estruturas específicas: apresenta-se com um anel levemente erguido de 4 km de diâmetro, , brechas polimíticas dentro da estrutura, presença de blocos caoticamente elevados no centro. Não foram encontrados cones de estilhaçamento. Dista apenas 45 km em direção nordeste da Serra da Cangalha. 
 
Riachão Ring no Maranhão
 Fontes:

 
http://zeca.astronomos.com.br

Um comentário:

  1. Olá profº Fernando, muito interessante seu blog, parabéns pela dedicação!
    Saiba que seu blog já está com link disponível no blog de nossa escola http://eebatf.blogspot.com.br/.

    Abraços,
    Articuladora da Sala Informatizada

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